Eu tenho um encantamento por água. É como se fosse uma espécie de atracção. Quando ouço o som da água a correr – pequenos ou grandes ribeiros -, quando sinto a frescura da água no ar (sinal de que está por perto)… Infelizmente, não cresci numa zona com cascatas, porém, tenho o mar mesmo “à porta” de casa e isso faz-me estabelecer uma relação quase que inconsciente com a água.
Ao longo do caminho de Santiago, tive o prazer de me cruzar com muitos ribeiros, cascatas e cursos de água. Foi uma maravilha: o som sempre presente da água relaxava, acalmava e por muito fria que estivesse, as mãos mergulhavam para experimentarem as águas cristalinas que por ali passavam.

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Durante o decorrer deste ano, sinto que nas viagens que faço, há um querer estar na natureza, um pedido de equilíbrio e de paz. A natureza proporciona-nos um leque de sentimentos e emoções que não encontramos em mais lado nenhum. Depois de ter feito o caminho de Santiago e de todo aquele contacto directo com caminhos e trilhos belíssimos, com vista a aproveitar o fim de semana prolongado, partimos à descoberta de lugares que tinham ficado por ver, por falta de tempo e outros que já queríamos conhecer há muito. E passado um mês do caminho, voltámos a lugares que pensei não voltar tão cedo. Que bom que foi!

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No post de hoje quero falar sobre o Parque Natural del Río Barosa. Este parque pertence à província de Pontevedra, mais propriamente em Barro. Por ali corre o rio Agra, num cenário harmonioso, entre estruturas (já deterioradas) de antigos moinhos de água, que o torna idílico. Tivemos a sorte de visitar este parque a uma segunda feira solarenga e apanhámo-lo praticamente vazio, ainda que com restos de um fim de semana animado. O parque tem uma zona de descanso, com inúmeras mesas para pic-nic, um restaurante e um outro bar, que me deu a sensação de só abrir na época alta. Apesar de ser um parque aberto ao público, está enquadrado na natureza e muito bem preservado dentro do seu contexto natural. A magia do lugar é indubitável e passaria ali um dia inteiro a admirar a força daquelas águas límpidas. Este parque encontra-se no caminho de Santiago Português (do interior) e merece um pequeno desvio de uns quantos metros para ser apreciado ou até desfrutado pelos peregrinos mais calorentos.

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Até à próxima,
Joana


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